segunda-feira, 5 de maio de 2008

Lingua Afiada na TVGUIA à Sexta-feira

Não sejam invejosos de Fátima Lopes

Em 2005 alguém proferiu, a propósito da aplicação de peles de animais por parte de Fátima Lopes nas suas colecções, que "Alguém deveria explicar à Lopes que a inteligência, a integridade e o civismo nunca saíram de moda". Hoje, decorridos três anos, um conjunto de manequins resolveu vir a público colocar novamente em causa a honradez da estilista. “Pura inveja”, diz ela!
E, como não há excepção no meio do star sistem, há muito que me interrogava sobre quando é que a imprensa, após “espremer todo o sumo doce” iria começar a “fazer compota com as cascas amargas” de Fátima Lopes.
É que todas as semanas, em todos os meios, há sempre um canto de página – no mínimo – reservado para as suas novidades criativas! Mas, e contrariando a Teoria Hipodérmica, nas últimas semanas Portugal inteiro, transformado numa vastíssima plateia mediática, assistiu boquiaberto, pela imprensa, aquilo que muitos pronunciam ser o princípio da desmoronamento do império da senhora da Rua da Atalaia: Certos manequins, enfadados de falhas e liquidações retardadas, vieram a público acusar a estilista de caloteira e, tenho a convicção, e tenho porque já os escutei comentar, muito em breve muitos outros virão! Realidade ou embustice? Isso já não posso afiançar, mas sei sim que nada do que agora se redige sobre a mais mediática madeirense – após sua eminência Alberto João Jardim – me deixou estranhado.
E não deixou porque penso que há muito que o “castelo” derrocou. Talvez muito poucos se aperceberam disso pois foi abundante a poeira e moderada a detonação. E porquê? Porque Fátima Lopes é uma notável marketer. É sumptuosa na arte de comunicar, aliás, em Fevereiro de 2001 recebeu no Fashion Awards e Popularity 2000 o troféu de popularidade. A meu ver, deveria sim ter recebido o troféu de marketer do ano, teria feito muito mais sentido. Por exemplo, em 14 de Outubro de 2000 Fátima Lopes principiou o seu ambicioso projecto de Franchising, com a abertura da primeira loja Franchisada, em Aveiro. Seguidamente Porto, Guimarães, Coimbra, Leiria, Viseu, Los Angeles, entre muitas outras. Fátima Lopes bombardeou as redacções das revistas e dos jornais com notícias e mais notícias sobre o tema… quantas dessas lojas se conservam abertas até hoje? Alguém participou, comentando, as imensas que encerraram? Nunca!
As opiniões nada valem, se valessem não seriam ofertadas mas sim vendidas. Mas, mesmo assim, aventuro-me e alvitro: Para que não passe a vida a incompatibilizar-se com os “invejosos”, não seria bem mais fácil passar a Face models para uma gestão independente? Afinal, quantos estilistas conhecemos pelo mundo que similarmente sejam directores de agências de modelos e criadores de moda? Assim, acaba por não conseguir fazer bem nem uma coisa nem outra!
A comprovar isso, o Sporting veio a público esta semana, com palavras pouco graciosas, prenunciar o fim da parceria que resistiu pouco mais de um ano. Não fosse o bastante, a direcção leonina ainda lhe retirou o camarote! Na altura, Filipe Soares Franco confessou que “O Sporting não quer estar na moda só hoje, mas todos os dias”, parece que afinal chegou à conclusão que “mais vale só que mal acompanhado”.
Numa entrevista recente Fátima Lopes proferiu que “A Madeira não chegava assim como Portugal também não chega. É muito bonito, é fantástico, mas a verdade é que é tão pequenino, o mercado é tão pequenino, que quando temos sonhos grandes também temos de pensar em grande”. Pois é, o pior é que – a dar razão ao povo – “Quanto mais alto subimos maior é a queda”. Só anseio que não se magoe muito!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Lingua Afiada na TVGUIA à Sexta-Feira


Qual a diferença entre o FCP e o Emplastro e Marta Cruz e Edurdo Beauté?

A pedido de diversas famílias, garanto que desta vez não vou falar do buliçoso Cláudio Ramos. Afinal, com tanto cromo que se deambulou esta semana pelas centenas de páginas da denominada imprensa cor-de-rosa, seria muito pouca falta de imaginação da minha parte!
Mas não foi tarefa fácil. De entre os indecisos temas, a muito custo, decidi-me por aquele que mais confusão me fez. A mim e a muitos portugueses.
Outro dia, na mesa do café, enquanto um conjunto de pessoas esfolhava uma série de revistas, alguem interrogou em jeito de piadola: “Sabem qual a diferença entre o Futebol Clube do Porto e o “Emplastro” e Marta Cruz e Eduardo Beauté? É que o Eduardo Beauté é do União de Leiria (risos)!”
Mesmo sendo seu amigo, não pude deixar de soltar uma forte risada. E não me venham dizer que a chalaça não tem a sua graça! Mas, o pior, é que parando para pensar, faz algum sentido! Qual a necessidade de Eduardo Beauté andar a utilizar a rapariga (que se importunou com a senhora da Rua da Atalaia e assentou arreios na BLU, na Rua do Sol ao Rato)? Para recordar a todos que ainda é vivo? Nós conhecemos-lhes o mérito. Mas já estamos todos enfadados de saber que a filha de Carlos Cruz regressou a Portugal (supostamente separada, supostamente para permanecer, supostamente para trabalhar), mais fartos estamos de vê-la a entrar no carro, a evadir-se do restaurante, a sair do cabeleireiro... incessantemente ao lado de Eduardo Beuaté!
Citando uma das frases do Manual Para Alpinistas Sociais, “Para muita gente, o anonimato é uma espécie de purgatório onde se espera a entrada no céu da fama. Em busca de se converterem em celebridades, vale tudo”. Pois é, e depois telefonam-me e enviam-me recados a exprimir que “não havia necessidade” de ter escrito os seus nomes no meu livro! Não há é necessidade de se prostrarem a este tipo de arranjinhos ridículos. É que os tempos comutaram, o leitor está mais atento e já não se deixa embustear por paparazzis bem planeados mas muitíssimo mal fingidos.
O leitor cansou-se de ler unicamente aquilo que a “Brigada do Croquete” durante anos a fio produzia diariamente e “desabafava” aos jornalistas. Antes, talvez deixassem passar, alguns aparentavam crer. Mas, após o fenómeno Big Brother, o espectáculo itinerante de maior audiência no nosso país é o “filme” da vida real de cada uma das nossas pseudo-celebridades e o “meu povo”, como reverencia dizer esse grandioso homem José Castelo Branco, está-se cagando para as fantasias desta diminuta maioria que não tem onde cair morta e que persiste a tratar os outros como se fossem verdadeiros atrasados mentais.
Será que Marta Cruz e Eduardo Beauté ainda crêem que o leitor ainda crê que os fotógrafos encontram-se sempre coincidentemente onde eles estão? Meus caros, não menosprezem o leitor. Ou será que é mais o desejo de agradar a todos os directores de revistas? Ou será ainda a desmesurada determinação em aparecer em todas as revistas?
Olhem, como profere Cláudio Ramos: “Homem que não assume aquilo que faz, vale menos que bosta de vaca” (ups... tinha apalavrado que não falava nele!), por isso deixem-se de denguices, de combinações, e assumam que adoram conservar-se em evidência. Afinal, que mal tem isso?

Dá que pensar:

“Não fiquei conhecido por namorar com a, b ou c. Mas sim por ser apresentador de televisão e professor de surfe”
Mário Esteves in TV+

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Foi ele que disse...

"Manual Para Alpinistas Sociais é o nome do livro que está a agitar o conhecido “Jet7″ nacional. Nomes e citações de gente conhecida, são referidas no livro, para incómodo de muita gente…
Flávio Furtado descreve ao pormenor tudo o que algumas pessoas são capazes de fazer para se tornarem conhecidas e aparecerem nas revistas, além de disponibilizar uma série de dicas e sugestões para todos aqueles que desejam sair do anonimato e passarem a pertencer à “brigada do croquete”!
Cláudio Ramos deve ser o alvo preferido de Flávio Furtado, por ser uma das celebridades mais mencionadas e satirizadas ao longo de cada capítulo…
A obra está muito bem estruturada, alternando citações de famosos e comentários do autor às citações, com o conteúdo, assim ao estilo americano, tornando-o de fácil leitura. Com prefácio de Carlos Castro, o livro está um must!"


in
http://www.amar-ela.blogspot.com/

domingo, 30 de março de 2008

Lili Caneças, Biografia: 2006


Sinopse
Quem conhece Lili Caneças, e quem tem seguido a sua trajectória pela imprensa, terá a oportunidade de recapitular os mais importantes episódios na vida da mais mediática figura feminina do Jet Set português.


Preço: EUR 12,50
Editor: Voxgo
ISBN: 9789729980022
Ano de Edição/ Reimpressão: 2006
N.º de Páginas: 168
Encadernação: Capa mole
Dimensões: 16 x 23 cm

Kamasutra Lésbico: 2004

Sinopse
Kamasutra Lésbico: “Um Guia para Mulheres Activas Sexualmente” é o subtítulo, a que se poderia acrescentar “e homens também”, pelo que esta obra contribui para a compreensão do comportamento homossexual feminino e do funcionamento erótico do corpo e da mente da mulher em geral. Uma abordagem séria, didáctica e esclarecedora, que se insere no clima de não exclusão de que beneficiam, hoje em dia, os detentores – neste caso, as detentoras – da diferença mais escondida, atacada e condenada pela Sociedade.
Preço: Eur 13
Editor: Hugin Editores
Ano edição/Reimpressão: 2004.
ISBN: 9727942253 / 972-794-225-3
EAN: 9789727942251
Nº de Páginas: 167
Encadernação: Em capa mole
Dimensões: 15x23cm

Kamasutra Gay: 2002

Sinopse
Este manual do erotismo homossexual esclarece todas as duvidas relativas ao amor entre duas pessoas do sexo masculino. Contem instruções, afrodisíacos e as mais variadas posições numa série de ilustrações. Com roteiro de tudo o que se passa em Portugal: Bares, discotecas, restaurantes, este livro será sem dúvida uma mais valia para qualquer pessoa divertida e livre de preconceitos que se apaixona por pessoas e não por sexos!

Preço: EUR 15,00
Editor: Garrido Artes Gráficas
ISBN: 9789728738051
Ano de Edição/ Reimpressão: 2002
N.º de Páginas: 206
Encadernação: Capa mole
Dimensões: 14 x 23 cm

In "Manual Para Alpinistas Sociais"


"De acordo com Andy Warhol [1], toda a gente, um dia, seria célebre nem que fosse por 15 minutos. Warhol dizia também que não importa o que dizem e escrevem sobre nós, mas sim o tamanho da coluna onde isso aparece escrito. Por cá, são muitos os que seguem essa máxima. No nosso país, os alpinistas sociais existem desde sempre, mas com o surgimento de programas como o Big Brother, eles deixaram de ser tão comedidos.

Nunca percebi muito bem a diferença entre Big Brother, Big Brother Famosos e Quinta das Celebridades. Só sei que a Lili Caneças dizia que nem morta entraria no Big Brother, mas depois aceitou participar no Big Brother Famosos. Mas talvez a razão até seja simples... Para algumas pessoas, o facto de terem dinheiro não é suficiente. Elas querem mediatismo, querem ser reconhecidas. Se não são notícia, se não aparecem na capa das revistas, morrem de raiva. E foi isso mesmo que aconteceu, o Big Brother tocou-lhes na ferida. O espaço que antes era inteiramente ocupado com notícias sobre as suas idas ao supermercado, às festas ou ao cabeleireiro, passou a ser preenchido por histórias (verdadeiras) da vida real.

Cláudio Ramos é outra dessas muitas figuras que criticou o Big Brother e os seus concorrentes, e depois foi lá parar. Toda a gente sabe que ele concorreu desde a primeira edição e nunca foi apurado… Talvez tenha sido isso que apoquentou o homem que proferiu em directo, na televisão, que o Mário do Big Brother
[2] tinha feito por ir preso só para aparecer novamente na capa dos jornais. Logo ele, que já fez e continua a fazer de tudo para ser conhecido. Como é que esta figura pode satirizar José Castelo Branco, quando as únicas diferenças entre os dois são os factos de José Castelo Branco trajar Chanel, não usar uma prótese odontológica barata e ser bem resolvido sexualmente!

Cada tipo de fama acaba por cingir-se a um determinado público, salvo quando a pessoa consegue expandir a sua fama a outros públicos. Mas quem é o público das criaturas que ganham dinheiro a dizer mal de uns e de outros frente a uma câmara de televisão? Eu deleitava-me, se pudesse ver essas mesmas pessoas a fazer os análogos comentários ao lado de pessoas que conhecem a vida desses comentadores de cor e salteado! Era vê-los caladinhos e mansinhos que nem uns cordeirinhos…"


[1] Um dos iniciadores e expoentes da Pop Art. Nasceu em 6 de Agosto de 1928, em Pittsburgh, nos EUA; morreu em 22 de Fevereiro de 1987, em Nova Iorque.
[2] Mário Ribeiro, conhecido por "Big Mário" devido à sua aparição no concurso Big Brother" da TVI. Foi condenado a 20 de Março de 2007, num tribunal do Porto, a sete anos de cadeia por diversos crimes, incluindo os de roubo qualificado e agravado.