segunda-feira, 9 de novembro de 2009

HERMAN JOSÉ in Prefácio

Assistir à forma irónica, crítica (e também autocrítica) com que o Flávio se passeia pelos labirínticos corredores da frágil e modesta vida social portuguesa, não deixa de me trazer à ideia uma das minhas histórias infantis favoritas: “O Rei Vai Nu”.
Diverte-me muito a perversa alegria com que o Flávio aponta os notáveis na parada a dedo enquanto grita a plenos pulmões “os reis vão nus”, ou melhor “os VIP vão de roupa emprestada...”
Falo com profundo conhecimento de causa. Até atingir esta paz, calma e felicidade de sapo em estado adulto, passei por muitas metamorfoses.
Tenho a noção exacta dos vários estágios de insuportável girino que vivi, e revejo-os todos na escrita do Flávio.
Se me arrependi? Nada! Vivi e diverti-me muito com cada episódio, cada disparate, cada excesso, cada “possidoneira”, e aqui para nós – voltaria a fazer tudo outra vez.
No entanto, e do alto dos meus 55 anos de vida e quase 40 de rodagem, ganhei uma certeza: o verdadeiro mundo VIP é o que faz o pleno da Verdade, da Independência, e da Paz!

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