domingo, 13 de setembro de 2009

Famosos na desgraça…

As causas que arrastam muitos famosos da ribalta para a sarjeta? Imensas… falta de empenho, desemprego, má gestão, comporem um estilo de vida acima das suas posses, não pensarem a longo termo, droga, álcool…

Num dos últimos episódios da novela “Deixa Que te Leve” a duquesa, além de ter ficado sem o namorado, ficou na miséria! Na vida real este tipo de drama pessoal acontece a muito boa gente e alguns dos desgraçados são até bem conhecidos do grande público.
As causas são muitas e, por inacreditável que pareça, a chegada à velhice é uma delas! Raúl Solnado, por exemplo, para livrar muitos artistas “velhos” da fome e da miséria, criou a Casa do Artista! Caso contrário, muitos dos que actualmente nela habitam estariam certamente a morrer à míngua num recanto qualquer.
Mas sempre foi assim. Luis de Camões morreu na miséria; Fernando Pessoa foi contabilista para poder sustentar-se, não teria conseguido sobreviver apenas da escrita; José Afonso contou essencialmente com os amigos na doença que o vitimou; Eduardo Lourenço, Jorge de Sena, Anabela Chaves e tantos outros tiveram de emigrar. Até o grande mestre Carlos Paredes foi arquivista de Radiologia do Hospital de S. José.
Mas, ao contrário destes modelos, muitas da nossas actuais “vedetas” vão parar à desgraça não por falta de emprego, mas por falta de humildade. Pois, quando afastadas do mundo do espectáculo, optam por andar de festa em festa até caírem na miséria do que arregaçar as mangas e ir servir à mesa num qualquer restaurante, ou trabalhar como funcionários de balcão num qualquer centro comercial.

Paulo Bragança
Quem não se recorda do jovem que os puristas do fado raramente viram com bons olhos: cantava descalço, maquilhado, andrógino, com roupas diferentes e, muitas vezes, com uma postura iconoclasta?
Na abordagem que fez ao “Fado Falado”, de João Villaret, com a letra adaptada para o mote “Fado Mudado”, que falava de drogas duras e do Casal Ventoso, chegou mesmo a dizer que para “poder ‘mudar’ o fado tive que passar por lá”. O problema é que não conseguiu meramente passar, ficou. Ficou de tal forma que desligou-se da carreira, afastou-se do panorama artístico nacional e das últimas vezes que foi notado foi na zona das Mercês. “Há anos que não o vejo. Das últimas vezes que por aqui andou estava sempre muito mal trajado, com muito mau aspecto”, confidenciou-nos o proprietário de uma pastelaria contígua aquela que foi a sua última morada fixa.
Paulo Bragança foi um dos pioneiros do "novo Fado", um dos precursores da nova geração do Fado, muito antes de surgir a Mariza.
Mas, talvez por culpa do “Fado Mudado”, deu um chuto na sorte. Foi pena ter-se perdido artisticamente, não ter conseguido agarrar a oportunidade que a vida lhe deu.
“A irmã esteve sempre a seu lado. Ela apoiou-o muito, mas já não suportava a pressão, já não aguentava vê-lo naquele estado degradante. De dia para dia ele consumia mais. Estava totalmente agarrado às drogas e sempre muito mal acompanhado”, contou-nos a mesma fonte adiantando que “da última vez que ouvi falar dele aqui no café, disseram que estava a viver na rua”.
No esforço de saber um pouco mais sobre este “tombo” conseguimos desvendar, por intermédio de um amigo da família, que Paulo Bragança esteve “num retiro na Birmânia, enamorou-se e nos últimos anos tem andado a viver por várias cidades europeias”.
A mesma fonte assegurou-nos ainda que o fadista está neste momento a morar e a trabalhar em Londres. É em terras de sua majestade que, trajado de palhaço, ganha a vida a fazer rir os transeuntes juntamente com um grupo de amigos.

Lisa Hardy
Enquanto casada com Artur Albarran comeu nos melhores restaurantes, frequentou os melhores hotéis e viajou por todo o Mundo. Após a separação o jornalista e empresário, desistiu de pagar-lhe a pensão de alimentos, o que a sustentava. Lisa passou fome e viveu em condições precárias, “por não ter dinheiro para pagar água, luz e gás”, contou. Chegou a tomar banho “de balde, com a água do condomínio. Protegida apenas pela Segurança Social, para não morrer á fome, ia alimentar-me à sopa dos pobres na Lapa”.
A dada altura, a ex-mulher de Artur Albarran, foi viver para casa do barão Stefan von Breisky. “Sou amigo da Lisa e como tal ofereci-lhe a minha casa, uma vez que ela não tinha condições de habitação na sua. Foi minha hóspede durante um tempo, mas se neste momento está a passar por dificuldades ainda maiores, as portas da minha casa estão abertas para ela”, disse na altura.

Artur Albarran
Outro exemplo de queda vertiginosa, o de Artur Albarran. O divórcio de Lisa Hardy coincide no tempo com o fim da imagem de empresário bem sucedido que criou, em 1997, o gigante imobiliário Euroamer. A actividade empresarial de Artur esteve sob investigação da Justiça, num processo à ordem do qual, em Junho de 2005, foi constituído arguido pelos crimes de burla fiscal e de abuso de confiança fiscal. O processo teve por base um relatório elaborado pela Inspecção-Geral das Finanças sobre a Euroamer.
Artur Albarran viu ser publicado na Imprensa o primeiro anúncio oficial de uma dívida cujo valor era de 26.775 euros à Unicre. Na altura o director de Comunicação da Unicre, João Rafael Nunes, declarou tratar-se de uma dívida de Artur Albarran contraída no “usufruto de um cartão Unibanco”.
Em Junho do mesmo ano, Artur Albarran viu-se forçado a ceder um quadro avaliado em 70 mil euros para saldar 20 mil euros de pensão alimentar, no âmbito do processo de divórcio da sua ex-mulher Lisa Hardy.
No que respeita à argumentação para não ter cumprido com a liquidação da pensão de alimentos à ex-mulher, Artur Albarran defendeu-se que se devia ao facto de estar no desemprego. “Não tenho trabalho há dois anos e vivo da ajuda de amigos e família”.
O jornalista que arruinou todo o seu império, e hoje vive em Angola, disse ainda que “os meus filhos vivem da ajuda das suas mães”. E afirmou que “não posso receber subsídio de desemprego… Não tenho fonte de rendimento… Não tenho rendimentos, há algum tempo que vivo da ajuda dos amigos e das mães dos meus filhos”.

Maria Dulce
Um dos grandes nomes da representação em Portugal há três anos que está ausente dos palcos, cinema e televisão.
Mora sozinha na sua casa no Alentejo e é com 300€ mensais que a actriz, com 60 anos de carreira, vai tentando subsistir.
Após ter interpretado o personagem Firmina Águas, na novela "Dei-te Quase Tudo" da TVI, esta grande senhora do espectáculo foi esquecida e nunca mais foi chamada para nenhum trabalho.
Segundo a mesma declarou à revista TV 7 Dias, "Vivo momentos complicados. As pessoas perguntam-me na rua porque é que nunca mais apareci e eu não sei responder, porque nunca ninguém me explicou".
Maria Dulce confidenciou ainda que tem orgulho de ser “altamente profissional, de nunca me atrasar e de ter os textos todos trabalhados. Sinto que ainda podia fazer muito na representação e é com muita mágoa que vou encarando este momento como o fim da minha carreira. Tenho pena que seja desta forma tão inglória, porque ainda estou muito funcional e só queria ter trabalho".
Aos 72 anos vive no Alentejo e têm sido os amigos a apoiá-la. "Conto com a ajuda deles, mas não é fácil. Vivo com uma pensão de 300 euros por mês, fui espoliada durante os 18 anos que trabalhei para a empresa Vasco Morgado, que nunca entregou os meus descontos. Tentei remediar a situação, mas já não fui a tempo".

Florbela Queiroz
Foi uma grande senhora na revista, passou pela televisão. Muita gente beneficiou com ela e hoje não reconhecem o seu trabalho. Em tempos chegou mesmo a publicar um anúncio nos classificados do jornal Correio da Manhã onde além do seu número pessoal de telemóvel podia ler-se: “Actriz reconhecida procura trabalho por estar no desemprego”. O que de nada lhe valeu, até que em 2006, após nove anos sem aparecer, Manolo Bello, o patrono da Comunicasom resolve convidá-la para juntar-se à extinta Tertúlia do programa Fátima. “Foi uma grande felicidade, que devo ao Manolo Bello, que é fantástico e generoso”, contou em entrevista avançando que “Estava a precisar que as pessoas soubessem que estava viva”.
Foi a falta de trabalho que fê-la virar-se para o esoterismo. Há 30 anos que reunia cartas e lia muito sobre estes assuntos até que resolveu “estudar mais a fundo a tarologia e o reiki e cá estou”. E é isso que a ajuda a auferir algum dinheiro.
Quando a abandonaram artisticamente, Florbela sentiu-se “desesperada, cheia de mágoas, angústias, tristezas”, chegou mesmo a equacionar “fazer grandes disparates. Aliás, fiz. Tentei acabar com a vida por três vezes… Tentei matar-me três vezes com comprimidos. E das três vezes estive em coma”.

Licínio França
Actor, aos 26 anos de carreira bateu no fundo do poço. Sem trabalho fixo há alguns anos e seduzido no jogo, desde que foi despejado de casa, esteve a dormir na rua até a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa lhe ter dado um tecto.
O ex-marido de Noémia Costa, actriz que está neste momento em cena no Politeama em Piaf, o musical de La Féria, principiou como cantor decorria o ano de 1974. Conquistou um Festival da Canção de Lisboa e fez várias digressões pela Europa e pelos Estados Unidos.
Em 1983 entrou no musical "Annie" como actor, mas só em 1988 principiou a vingar na representação, no "Eu Show Nico" de Nicolau Breyner.
Licínio trabalhou ainda com Herman José e participou nas telenovelas "Floribella" e "Feitiço de Amor".
Segundo o próprio revelou, “depois de ter-me divorciado da Noémia, com quem estive casado mais de 20 anos, a situação degradou-se ainda mais. E não apenas no aspecto financeiro”. Várias discórdias familiares, traição e vício no jogo, conduziram a um corte total de relações com a ex-mulher e a filha. "Estou na miséria e tento lutar todos os dias contra isto", revelou.
Licínio França permanece num quarto numa instituição da Santa Casa e depende das refeições da "sopa dos pobres", nos Anjos, para sobreviver.

Glória Férias
A actriz Glória Férias chegava atrasada às gravações, não sabia os textos e passava a vida a solicitar dinheiro emprestado aos colegas. Até que se concluiu que problemas relacionados com drogas, que ela própria chegou a admitir, estavam na origem de tudo isso que ditou a sua saída da novela “Dei-te Quase Tudo”, a sua personagem morreu inesperadamente.
Passado algum tempo a Guilhermina, personagem que interpretava na novela da TVI, foi vista a mendigar numa das ruas do Porto… tudo por causa do vício!

Luis Represas
Não está na miséria, mas andou à beira da desgraça e envolto em dívidas. Fechou para férias em Agosto e nunca mais voltou a abrir o Bugix, o restaurante que administrava no Parque das Nações.
Além de desempregados, os trabalhadores não receberam alguns salários e subsídios em atraso, que ainda hoje se encontram por saldar.
Um dos ex-funcionários revelou que voltou de férias “em Agosto e a porta estava fechada. Transferiram-me para outro restaurante dos mesmos sócios, o Titanix, mas passado algumas semanas também encerrou. Fiquei sem emprego, não recebi qualquer indemnização nem sequer os subsídios e os salários que tinha em atraso".
Nos dois restaurantes trabalhavam cerca de 40 pessoas, não se sabendo ao certo quantos ficaram com dívidas.

Margarida Marante
Margarida Marante desencaminhou-se. Afastada da “caixinha mágica” a sua vida nunca mais foi a mesma. Envolveu-se, supostamente, no uso de estupefacientes e tudo começou a degradar-se na sua vida.
A melhor amiga do cabeleireiro João Chaves, a mulher que começou a trabalhar na televisão aos 18 anos e rápido se converteu num dos ícones televisivos em Portugal, parece não estar a ultrapassar uma das melhores fases da sua vida, quer profissional, quer pessoal.
A jornalista, em Setembro de 2003, foi multada pela PSP porque conduzia em sentido contrário. Na direcção Armazém F, Bar do Rio, em Lisboa, onde momentos antes ela e um companheiro se envolveram numa cena de agressão.
“Eram cerca das 2 horas da manhã quando Margarida Marante parou à porta do Bar do Rio, num Mercedes cinzento conduzido por um amigo. Um dos fotógrafos que se encontravam no exterior do bar”, onde estava a decorrer uma festa com figuras públicas, “disparou alguns flashes para o interior do carro. O senhor que conduzia a jornalista saiu da viatura, dirigiu-se ao fotógrafo e começou a ameaçá-lo”. Deu-lhe um pontapé na máquina fotográfica, partiu-lhe o flash! e empurrou-o. Contou-nos uma das pessoas que assistiu a tudo no local.
Margarida Marante, entretanto, “saltou para o banco do condutor, aos gritos “não me fotografem, não me fotografem” e pôs-se em fuga, a alta velocidade, rojando contra e partindo os espelhos de algumas das viaturas estacionadas do lado direito da via.
“O senhor que a acompanhava iniciou uma corrida atrás do fotógrafo”, adiantou-nos a mesma fonte, que culminou na esquadra da PSP da Rua de São Paulo, “onde foi apresentada queixa por agressão e ameaças”.
A ex-jornalista do Tempo, Opção, Expresso, RTP, SIC, TSF, e Licenciada em Direito pela Universidade Católica de Lisboa, pela experiência profissional e académica que tem, deveria ter já algum “know-how” de como lidar com estas situações sem partir para a agressão aos colegas de profissão!

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